a funky experience

i want to
i want to be someone else or i'll explode
floating upon the surface for
the birds, the birds, the birds

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

 
4a carta

Na parábola bíblica, Babel era a torre que queria chegar aos céus. Diante de tamanha afronta, Deus (ela mesmo, a Alanis) mandou um raio e ZIP!, mudou a língua de todo mundo e ficou cada um falando um idioma diferente.

No filme Babel, a língua é uma puta barreira para todos os personagens do filme. Inglês, espanhol, 'marroquino', japonês, linguagem de sinais, tudo é barreira para que as pessoas se entendam.

Claro!

Na cidade 'babelística' de São Paulo, a barreira é o silêncio. Tal como naquela festa relatada na Bravo! Que li indo para Jeri [aquela, do Paulinho da Viola e do Arnaldo Antunes na capa], capa um está imerso no seu próprio MP3/MP4 que toca até 12h seguidas com a mesma pilha AAA [essas você encontra no Pão de Açúcar por R$ 6,29 o par].

Cada um está imerso numa realidade diferente de sons. Cada um está mais isolado ainda do outro, perdido entre Mombojó, Ludovic e Chico & Caetano [como eu], ou emocore, metal, sampa, rap, hip hop, whatever...

Os paulistas não tem costume de serem tão abertos ou educados [no nosso ponto de vista] quanto nós. Talvez seja o clima, os genes, ou apenas medo.

Eu já falei disso em outra carta, mas é tão marcante, tão presente, que o silêncio nem incomoda mais. Tenho medo de me tornar um deles.

A falta de alguém para conversar, beber a Absolut eu está no meu guarda-roupa ou para apenas dividir o mesmo ambiente faz de mim recluso do meu silêncio.

Imagine você não ter com que ou por que falar durante horas seguidas. Imagine que eu não tenho ninguém para compartilhar os dez filmes que eu vi durante o Carnaval. Já não está doendo tanto assim. E só faz um mês que aqui estou.

Um dia, um pouco antes de começar na Abril, perguntei a um amigo o que eu deveria estar atento quanto aos paulistanos. "Eles são um povo que não acham legal quando você chega querendo abafar. Ouça e observe", disse ele, mais ou menos isso.

E assim tenho feito. É como "Little Miss Sunshine": voto de silêncio e observação. Always.

"Carnaval, Carnaval, Carnaval...
eu fico triste quando chega o Carnaval..."

[Luís Melodia]

Sabe que eu nem fico mais triste? Esse talvez tenha sido o Carnaval mais sereno da minha vida. Saudade? Claro! Mas a cada sessão, a cada filme, pessoas diferentes pediam licença para adentrar minha vida. Cada personagem vinha de um canto diferente, falava de um jeito diferente, pedia uma coisa diferente.

Essa novidade constante, essa coisa de histórias novas em todo canto, me deixava mais relaxado, mais tranqüilo. Cada rosto conhecido que eu não encontro em cada esquina que eu dobro me faz pensar melhor em cada passo que dou.

Uma coisa que me acalenta é que eu leio mensagens de celular, no msn ou e-mails escutando a voz de quem escreveu dentro da minha cabeça, como se ela lesse o texto.

E há vozes [sim, a sua...] que, mesmo não querendo, eu já começo a esquecer. E eu não quero isso. Juro!

Tenho uns postais bacanas para enviar. Do pub irlandês que fui outro dia, peguei 14. Preciso do endereço completo dos interessados.

E, por favor, não me deixe[m] esquecer sua[s] voz[es]. É isso que me enche de alegria.

Pedro Jansen
20.02.07

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

 
Oscar

Não vou falar nada do Scorsese... nada mesmo. Já ganhou, foda-se o Little Miss Sunshine e o escambau. Ele ganhou, acabou o Oscar, foi-se.

Das minhas 'previsões', só essas do Scorsese se concretizaram... No mais, um puta viva a UMA VERDADE INCONVENIENTE [An Incovenient Truth]. Mais que merecido... se o Al Gore se candidatar a presidente dos EUA eu me mudo pra lá e peço green card só pra votar nele. :P

Ou, se o que o Wilker falou durante o Oscar, de que é hora de alguém no Brasil se atentar para a questão do Efeito Estufa, se concretizar, então eu fico aqui mesmo. :)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

 
Atraso

Sabe como é... eu não tenho internet na hora que eu quero...

Por isso, atualizações atrasadas, e coisas de datas passadas caindo só hoje.

Amanhã, uma última atualização atrasada. Depois as coisas voltam ao seu ritmo normal.

 
Angústia

Embora exista a intenção de relatar impressões a respeito de todos os filmes que vi nesse Carnaval (que já vão em oito), preciso externar agora o que dois deles me fizeram pensar.

Uma Verdade Inconveniente”, filme que estrela Al Gore [o quase presidente dos EUA] como narrador e principal ‘personagem’ do documentário [sim, que delícia é ver um doc no cinema, naquela telona! :D], me fez ter uma angústia enorme dentro de mim, vazando pelos meus poros, sobre o problema do aquecimento global.

São tantos dados, tantos gráficos, tantas fotos “antes-depois” de certas paisagens que se modificaram totalmente com o fenômeno do aquecimento global, que eu realmente [REALMENTE!!!] passei a pensar que NÃO ter filhos é uma decisão muito sábia.

Isso por que a salvação do mundo ‘as we know it’ depende do homem, e de um homem em específico: George W. Bush! Não é demagogia, nem anti-EUA-ismo. Atente bem ao fato dos EUA (e a Austrália também, mas esse é um problema menor) não terem assinado o Tratado de Kyoto. E que sem muitas (todas, caramba!) nações pensando assim, vai ser ‘daqui pr’ali’ o mundo acabar.

De acordo com o doc, basta um parte do Pólo Sul (ou a Groelândia toda, se você preferir) derreter pros oceanos subirem seis metros e comerem a BUNDA! De muita gente, coisa de 100 milhões de gentes, contando por baixo.

E com tudo isso dependendo de um só país, que sozinho polui mais do que o resto do MUNDO! Todo, e que já demonstrou que NÃO está nem aí pro nosso paraíso tropical (e o resto todo também, caralho) ir pro saco, eu prefiro manter meus possíveis filhos longe disso.

A não ser que medidas MUITO sérias sejam tomadas, vai ser complicado ter um mundo legal esperando nossos rebentos (meus, seus, do mundo todo).

O que você pode fazer para contribuir?

- Procurar usar produtos ‘verdes’, que não ataquem o meio-ambiente;
- Diminuir o uso de carros particulares, preferindo transporte coletivo, e que tenha a menor emissão de CO2 possível;
- Caso não dê para deixar o carro em casa, dê carona! Isso evita que outras pessoas queime combustível fóssil;
- Se o carro puder ficar em casa, melhor! Se você tiver bons joelhos, uma bicicleta mata dois coelhos com uma paulada só.

Pode parecer bobagem, pode parecer exagero, mas qualquer coisa que se faça para diminuir o aquecimento global aumenta as chances de cada um de nós viver um futuro estável o suficiente para que nossos filhos possam nascer e viver.

É uma questão de consciência. Pense nisso...

O outro filme que mexeu comigo e com meu estômago, e com a minha cabeça, foi “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”, do Cao Hamburger.

PUTAQUEPARIU!!!

Se você leu alguma coisa sobre o filme, como eu, que pena. Se você não leu, ótimo! Pare aqui e assista antes de ler qualquer coisa a respeito dele.

...
...
...

Não resistiu? Tudo bem...

Mauro tem os dois pais. Bia e Daniel. É 1970, no Brasil. Isso significa duas coisas. Você sabe quais, né? Tricampeonato no Mundial de Futebol e o auge da ditadura.

O menino é apaixonado por futebol, os pais têm a maior pinta de subversivos, comunas. Já viu a merda, né?

Enquanto Bia e Daniel fogem para não morrer, Mauro fica com um vizinho do avô paterno recém-falecido, a Copa rola. E o menino espera pelos pais a cada jogo, a inocência de crer em promessas ainda não foi esfacelada.

Pão e circo, CARALHO!

Ditadura de merda! Mais angústia para o estômago. Vontade de chorar, gritar, correr, xingar...

Pedro Jansen
19-20.02.07

 
Um Carnaval para se ficar cego

Quando criança, a antipatia de meus pais pelo Carnaval me contagiou, sendo que há apenas um registro da minha participação infante (antes de se tornar infame, diga-se) nas matinês. Fantasiado de He-Man, o herói da Globo, me divertia a valer no salão do Jockey Club (que no futuro me traria outras alegrias, mais etílicas).

Nos anos seguintes, me tornei um apreciador da paz e tranquilidade do lar, abdicando dos prazeres dos bailes. Creio que fiz bem, já que instituiu-se em mim uma predileção pelos filmes e livros durante o Carnaval.

Hoje, 2007 em voga e ainda a correr, li minha primeira piauí completa durante o Carnaval, e já vi quatro filmes. Só no primeiro dia de festa, o sábado, foram três [Cartas de Iwo Jima, A Rainha e A Conquista da Honra]. Ontem, mais um [À Procura da Felicidade]. Hoje, quantos forem possíveis.

Mas antes de sair para o cinema novamente... um VIVA à Reserva Cultural, na Av. Paulista, 900 e ao HSBC Belas Artes, na Consolação. VIVA!

Pedro Jansen
19.02.07

 
3a carta

Na Bahia já é Carnaval desde o fim de semana passado. Festa dos excessos, dizem. Festa dos prazeres, acho.

Em 2005, pude trabalhar na avenida, entrevistando pessoas, passistas, empurradores de carro alegórico... Pude ver, inclusive, o Bloco Lissosomos, levando maracatu torto para a Marechal Castelo Branco, com uma mocinha vestida de manhã à frente do tal bloco de organelas lisas. Vi também o Coisa de Nêgo e suas cores, seus tambores, suas danças, suas crenças.

Vi muita coisa, comi panelada, e algodão-doce. Pouco dormi.

Em 2006, a Casa de Vovó e o Castelo dos Indecentes foram a pauta, com direito a liseira braba, e ainda assim uísque, cerveja, vinho e outros baratos mais. Teve panelada, Pirata, palhaços, bloco de sujo e muita rave. Fazer buraco no chão, ver o dia amanhecer, a lua, céu, o sol, o mar. Coisas demais.

Dois mil e sete vem para ser um ano igaul ais da minha infância. Sem folia, sem bebida, sem panelada, sem rave, sem maracatu, sem nada demais. Com livros, cinema, shows, coisas diferentes. Com a Paulista só pra mim. Com tempo de ser boêmio, andar de metrô, pensar na vida, tomar chá de cidreira.

Sem passistas, sem amigos, se amanhecer na praia.

Já viram roqueiro sentindo nostalgia de carnavais passados? Que coisa mais louca... Mas vejamos: se eu estou com nostaldia do que ainda nem começou, talvez o Carnaval já faça parte de mim. Vai saber.

Meu bonsai voltou a viver. Está verde, com terra bem úmida, vistoso. Meu quarto (minha mansão), por sua vez, está uma fuzarca que não se entende.

Finalmente desisti que minhas roupas ficassem limpas sozinhas. Já é hora de lavá-las... Só que não agora, não já... Nesse momento, enquanto o Ludovic toca no MP3 Player (essa benção da tecnologia), eu só penso em como as pessoas daqui da pensão devem ser mais solitárias que eu.

Claro que eu também penso em 1001 outras cosias, mas, às vezes, só às vezes, é bom falar da dor alheia.

A colônia piauiense conhecida foi quase toda para fora de São Paulo. E embora ainda haja alguém por aqui, é daddo o direito e o dever de se ficar sozinho. "Uma viagem de auto-conhecimento", disse eu para a Sâmula. Engraçado que hoje eu entrei no MSN e por algum treco qualquer, meu nick do último dia em Teresina apareceu. "Amanhã, 03h, todo mundo no aeroporto para um último abraço", ou qualquer coisa que o valha. E desde pequeno eu sou assim, king of drama. Lembro de uma vez, eu pequeno no RJ e dizer para uma tia minha, um dia antes de voltar para Teresina: "vamo na praia, tia, um último banho de mar". E ela, retrucando ligeira: "último não, meu filho. Você ainda vai tomar muitos banhos de mar". E ela estava certa, embora hoje eu rejeite a praia e seu calor insuportável.

Penso agora, e mais precisamente em um tempo que eu não sei, que eu vou, sim, dar ainda muitos outros abraços. Não há razão para pensar que os poucos que o vôo adiantado da GOL me permitiu dar foram os últimos.

"Nem uma lágrima derramei por você", e eu agora penso que a saudade não vai me levar ao choro. E agora é uma palavra boa para se usar.

Por que na quinta eu conheci a Fernanda, senhora mãe da prima de um amigo, que estudou na UNB em 1970! Ela lutou contra a ditadura e outras coisas mais, E ela é foda, sóbria, lúcida (não no sentido de não-esclerosada, mas de certa do que vê e pensa) e tudo que ela me falou de conscientização, movimento estudantil e afins me fez pensar no CA, nas minhas escolhas e no que eu faço hoje.

Eu gosto de pensar que eu teria lutado, lutado bastante, gritado, bradado nas ruas, jogado pedras, bolas de gude na cavalaria, feito e acontecido. Hoje, algumas coisas me cansaram, simplesmente. Me tornei mais um deles (com ressalva, por eu tenho meus princípios, porra!), mas pelo que a tia Fernanda disse, do alto da sua sobriedade, é que cada momento deve ser respeitado. Se hoje você quer isso e amanhã não mais, desde que isso não mude seu caráter, está tudo bem. Não há certo nem errado.

"Eu não faria disso um problema". E assim a vida segue.

Pedro Jansen
16.02.07

 
BEBE, PORRA!

Dessa feita, é a vez de BH. Estou atrasado e vai demorar até aparecer outros lugares aqui. Vão se divertindo com outras coisas, ora porra... :P

Churrasquinhos do Luizinho

O dono do local começou vendendo churrasquinhos na rua, e hoje é dono de um local com 10 empregados e um espaço capaz de receber até 500 pessoas nos dias mais concorridos.

O diferencial do lugar é que os mesmos 100 banquinhos espalhados pela casa são usados, às vezes, como mesa. Ainda assim, os clientes não param de chegar.

São 12 versões, como o de queijo parmesão, frango, miolo de alcatra e medalhão de lombo, todos com o preço único de R$ 2. Toda segunda-feira, quem pede um espetinho de costelinha ganha uma dose de cachaça.

31 9179 6712

Confraria do Velho Chico

Um prato que faz sucesso é a comida de passarinho, prato composto de mini-almôndegas, jiló em conserva, ovos cozidos e pimenta biquinho), com a porção para quatro pessoas custando R$ 15. O prato ainda vem decorado com folha de couve e é acompanhada de uma pãozinho francês e uma dose de cachaça.

Para beber, cerca de 120 aguardentes diferentes, indo desde R$ 1,70 a R$ 25 a dose.

31 3467 7747/9995 9616

Desde 1999

A casa é cheia de surpresas. O proprietário, ex-dono de uma loja de discos, é quem escolhe as seleções musicais. No entanto, o evento Dj de Verão chama freqüentadores do local para colocarem suas músicas prediletas.

Além disso, sessões de vídeos alternativos, o Loucos por Vinil (uma feira de compra, venda e troca de LPs) e, uma vez por ano, o Guitarra Imaginária, concurso de air guitar organizado pelo bar.

Além de todos esses atrativos, os petiscos e as bebidas também são um grande forte do lugar. Para petiscar, bolinho de mandioca, recheados com queijo ou calabresa (R$ 8 para três pessoas). Outras opções são as porções de quibe (R$ 7), de bolinho de bacalhau (R$ 9) e pastel de angu (de carne ou frango com catupiry, por R$ 5)

Para beber, cerveja! R$ 2,80 a garrafa de 600 ml, e cachaça da casa a R$ 3,50 a dose.

31 9658 1678/3222 5148

Alambique Cachaçaria

A casa é decorada com peças antigas de fazendo, como um carro de boi e uma roda d’água. Além disso, as mesas foram adaptadas de máquinas de costura, barris e pedras. O principal atrativo são os drinques, preparados com cachaça e cerca de 40 tipos diferentes de frutas, resultando em mais de 100 opções!

As mais pedidas são a maritaca (cachaça, limão e hortelã, a R$ 5), o coquetel de morango, R$ 5,90, e a tradicional cachaça curtida no coco, que pode ser servida no copo (R$ 2,90) ou na fruta (R$ 12,50).

31 3296 7188

Baiúca

Como são muitos televisores distribuídos pelo local, os amantes do futebol estão sempre em maioria.

Chope por R$ 2,50. Às quartas, o preço da bebida cai pela metade.

31 3225 5602

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

 
Série Lost
ou TOMA CACHAÇA, CARÁI!!!

A vida tem dessas loucuras. Manda você para Santa Catarina, mais precisamente Floripa, sem quê nem pra quê. E ainda mais! com dinheiro no bolso!!!!!

Loucura, né? Pois saque aqui agora, já, nesse instante, duas dicas de bons lugares pra encher a cara!!! ter momentos legais na Ilha...

Bar do Pida

O bar existe desde 1969, e nasceu quase junto com o a Universidade Federal de Santa Catarina [UFSC]. Por isso mesmo, já é ponto de encontro dos universitários e tem serviço extra a cada início de período. Com as comemorações constantes, é comum que o consumo de cerveja atinga as 80 grades, ou, 1.152 litros da loira gelada. Haja sede!

A cerveja custa a partir de R$ 2,75 e para beliscar, R$ 7 pela porção de batata frita.

Botequim

O melhor boteco da cidade, de acordo com a escolha dos jurados da Veja Santa Catarina, que também deram ao Botequim o título de melhor chope da cidade. A escolha é justa: um maquinário especial mantém o chope a –2°C, e o colarinho bem tirado ‘prende’ a temperatura. Nota 10! Cada caldeireta dessa delícia saí por R$ 3,50.

Para comer, a melhor pedida é o ambulante, feito com pernil, verdes e queijo no pão francês, R$ 7.

Há outra oferta muito boa: mentiras. Se a mulher de algum freqüentador por acaso pergunta pelo marido lá no Botequim, é possível que ela escute desde um “não, senhora, ele não esteve aqui hoje”, por R$ 10, até um “não, senhora, não o conhecemos por aqui”, que já fica por R$ 100. Muito útil, hein?!?

 
Sinal fechado

– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
[...]
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente...
[...]
– Por favor, não esqueça, não esqueça...


Nem que eu não queira, às vezes é impossível não sentir falta de certas coisas que já vão longe...

 
Você não entende nada

Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos, de cortar cebola
Você é tão bonita


Por que será que todo cigarro que eu fumo me traz arrependimento logo em seguida?

 
Partido alto

Deus me deu mãos de veludo
Prá fazer carícia
Deus me deu muitas saudades
[...]
Um dia ainda sou notícia


É preciso ter paciência para que as coisas possam acontecer. Deus, que é o todo poderoso, fez o mundo em seis dias e ainda descansou um, que dirá um qualquer desse mundo.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

 
MOTOFREELA Redator




Para participar da categoria MOTOFREELA Redator, você deverá enviar um texto inédito de até 1500 toques em Microsoft Word, espaçamento simples, fonte Arial tamanho 10, respondendo à pergunta: "Como a tecnologia influencia o universo da arte e da música?"

O vencedor que for nomeado Colaborador MOTOFREELA deverá assinar um Contrato de Prestação de Serviço com a Revista Bizz, que será vigente durante 4 (quatro) meses, a contar da data a ser determinada em conjunto com a Revista Bizz.


***

Estou participando com o texto abaixo. Vamos ver se dá certo!


"Como a Tecnologia influencia o Universo da Arte e da Música?"

por Pedro Jansen

Nos anos 90, quando o Titãs lançou o “Tudo Ao Mesmo Tempo Agora”, uma música chamava atenção: “Eu Não Sei Fazer Música” trazia versos que determinariam como a indústria da música se comportaria do boom dos Strokes pra frente.

“Eu não sei fazer música mas eu faço/eu não sei cantar as músicas que eu faço mas eu canto”, grita a letra, que aborda frases de efeito. Uma pequena revisão e acréscimo de versos que falassem da invasão digital da música e da invasão musical da tecnologia seria suficiente para se ter um novo hino.

Distantes das particularidades que são os softwares de edição de áudio, o fã, só se interessa em saber em que blog ele vai encontrar o novo disco do Arcade Fire, por exemplo. Assim, quando o Napster surgiu, a música e a tecnologia se tornaram ainda mais próximas e definitivamente inseparáveis.

Difícil acreditar que exista alguém que não tenha baixado uma mp3 na vida. Quantas bandas você conheceu assim? Quantos the next big thing surgiram dessa forma? Uma pesquisa da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês) diz que, pelos números de 2006, as vendas digitais de música já representam 10% de todo o faturamento do mercado. Um bocado, hein?

Falemos do início da coisa toda. O The Strokes grava, em 2001, um Ep chamado The Modern Age. Quatros músicas que singraram os mares e aportaram na Inglaterra, sendo recebidas como a salvação do rock. A razão disso? A tecnologia. Em pouco tempo o mundo todo conhecia o som da banda, graças à uma comunicação viral eficiente. Um boca-a-boca tecnológico.

Voltando ao Arcade Fire, por fim. Ou ao uso da tecnologia. Prestes a lançar seu segundo cd, Neon Bible, a banda usou uma espécie de divulgação que intriga pela interligação de meios. Criou-se um site incrivelmente intrincado, bolou um telefone que ao ser discado nos EUA dá acesso a uma música do disco novo e finalmente postou um vídeo no YouTube com os integrantes da banda usando máscaras e megafones divulgando a data de lançamento do disco novo. Alguém duvida que a tecnologia está amalgamada eternamente à música?

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

 
Cega, djabo!

Seguem filmes que quero [e vou!!!] ver durante o carnaval! \o/

O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS
Origem: Brasil
Ano: 2006
Direção: Cao Hamburger
Elenco: Michel Joelsas, Germano Haiut e Daniela Piepszyk
Duração: 110 min
Sinopse: Em 1970, enquanto a preocupação de muitos brasileiros é lutar contra a ditadura militar no país, um garoto de 12 anos quer ver o Brasil tricampeão de futebol. Separado dos pais, ele é obrigado a se adaptar à vida no bairro do Bom Retiro.
Onde: HSBC Belas Artes

FILHOS DA ESPERANÇA [Children of Men]
Origem: Inglaterra/EUA
Ano: 2006
Direção: Alfonso Cuarón
Elenco: Clive Owen, Julianne Moore e Michael Caine
Duração: 109 min
Sinopse: Em 2027, um ex-ativista acaba envolvido numa missão ilegal para transportar uma mulher grávida.
Onde: Shopping Bonsucesso

O HOMEM DUPLO [A Scanner Darkly]
Origem: EUA
Ano: 2006
Direção: Richard Linklater
Elenco: Keanu Reeves, Winona Ryder e Robert Downey Jr
Duração: 100 min
Sinopse: Policial, consumidor de uma popular substância química que divide a personalidade dos usuários em duas, passa a perseguir seu alter-ego, um traficante. Do mesmo diretor de "Waking Life" (2001).
Onde: Espaço Unibanco

O ILUSIONISTA [The Illusionist]
Origem: EUA/República Tcheca
Ano: 2006
Direção: Neil Burger
Elenco: Edward Norton, Paul Giamatti e Jessica Biel
Duração: 110 min
Sinopse: No fim do século 19, um misterioso ilusionista chama a atenção da corte e acaba tendo problemas por conta de seu próprio talento.
Onde: Gemini

PRO DIA NASCER FELIZ
Origme: Brasil
Ano: 2005
Direção: João Jardim
Duração: 87 min
Sinopse: O sistema de educação é analisado neste documentário por meio de entrevistas com estudantes de escolas públicas e particulares de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Pernambuco.
Onde: Espaço Unibanco

O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA [The Last King of Scotland]
Origem: Inglaterra
Ano: 2006
Direção: Kevin Macdonald
Elenco: Forest Whitaker, James McAvoy e Gillian Anderson
Duração: 121 min
Sinopse: Médico escocês viaja para Uganda em busca de aventura e trabalho. Por acaso, encontra o ditador do país africano, Idi Amin, que lhe oferece a oportunidade de ser seu médico particular.
Onde: HSBC Belas Artes

UMA VERDADE INCONVENIENTE [An Incovenient Truth]
Origem: EUA
Ano: 2006
Direção: Davis Guggenheim
Duração: 100 min
Sinopse: Documentário sobre a campanha do ex-vice-presidente norte americano Al Gore para frear o aquecimento global.
Onde: HSBC Belas Artes

VOCÊ É TÃO BONITO [Je Vous Trouve Très Beau]
Origem: França
Ano: 2006
Direção: Isabelle Mergault
Elenco: Michel Blanc, Medeea Marinescu, Wladimir Yordanoff e Benoît Turjman
Duração: 97 min
Sinopse: Comédia sobre um fazendeiro viúvo que, ao saber que na Romênia as mulheres adoram casar com franceses, vai para o país na esperança de encontrar uma namorada.
Onde: HSBC Belas Artes

 
My BigLuck strikes again

Saca o mail que eu recebi indagora...

"Meninos e meninas, as notícias (deixo a critério de vocês classificá-las como boas ou não):

Sexta-feira, dia 16: a gente não trabalha. Todo mundo já sai pra folia.
Quarta-feira, dia 22: reunião de pauta às 15h. Todo mundo cheio de idéias."

Bom, né, claro! Agora é que eu vou cegar mesmo de ver filme! :D

No próximo post, filmes que vou ver nesse carnaval!

 
Série Lost

Se você estiver perdido em Belém, foi obrigado a passar um fim de semana, tá preso na cidade por que seu vôo só sai daqui a um dia, saiba de lugares legais pra ir!

Cervejaria Liverpool

Ambiente todo dedicado aos Beatles, desde a decoração, com fotos e cartazes, até o cardápio. Há, por exemplo, o sanduíche Ringo Starr, feito com pão, salame, carne, queijo e ovo, a R$ 7,50 [os outros beatles também viraram comida, só não sei quais...]. Nunca foi tão fácil ter um Beatle perto de você! :D

Cerveja a R$ 3.

No início da noite acontecem apresentações com voz e violão e a partir das 20h tem início uma sessão de rocks clássicos, incluindo muito Beatles, claro.

Lord Lion Pub

Uma fiel reprodução dos pubs londrinos, com cardápio variado de chopes e cervejas, servindo, inclusive, os famosos copos de chope inglês [verde ou vermelho] em copos de 1,2 litro, a R$ 9,80. Som ao vivo com pop e rock.

Belém é o lugar, hein!? Amanhã, Santa Catarina!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

 
2ª carta...

Olhei agora no relógio e me confundi. Pensei ter visto 00:00, mas sabe como esses relógios digitais confundem a gente... Já são 00:08.

Caso fosse 00:00, seria a hora convencionada a ser chamada como
“hora do rabudo”. Nem dia nem noite.

Aqui é tudo meio assim... Meio termos...

São Paulo é feita por muitos deles. Outro dia fui ao HSBC Belas Artes, um cinema com boas opções de filme [estava passando até o Lolita do Kubrick, que deve ser bem melhor que a versão que saiu um ano aí...]. Fui assistir um filme pseudobobo, pseudo-sério, chamado Stranger The Ficcion, aka Killing Harold Crick [no Brasil, ele ficou com uma tradução literal do primeiro, “Mais estranho que a ficção”. Bola fora]. O filme em si é bem médio, bom e ruim. Acerta umas coisas, erra outras.

Por isso, ao sair da sessão, o dia ainda era claro [nota: aqui só escurece depois das 20h... mal/bem dessa terra que tem estações do ano], eu queria beber alguma coisa.

Tomei uma Malzebier e ganhei um conselho: “alguém com conversa fiada pra cima de você? Passe direto!”. Fácil entender a frieza dessa terra. As pessoas aprenderam a não dar confiança para os outros na rua. Seja um ladrão [bom!], seja alguém oferencendo uma revista de teatro ou uma feita por/para moradores de rua [médio...] ou alguém pedindo informações [ruim!].

O complicado mesmo é saber que o povo só aprende como vai para o trabalho. Outros tantos caminhos são ignorados. Nem os motoristas de ônibus sabem tudo. Os carros ricos e os táxis para executivos têm GPS no painel. Uma brasa, mora?

Mas esse ignorar é quase compreensível, sabendo que a cidade tem esse tamanho imbecil.

Outro dia fui fazer minha matrícula na especialização. Mais precisamente na quinta passada. A impressão que deu é de que choveu a noite toda, ‘terra da garoa’ é isso aí. Eu estava com meu dinheiro contado. Juntei as últimas moedas para tomar café e comprei um guarda-chuvas com elas. Vamos lá: 350 pila para a minha mansão + 477,27 para a facul. Zero reais para colocar no meu cartão de passe único [que une ônibus e metrô. Em duas horas você pode pegar até três conduções pelo preço de uma, se só ônibus, ou de uma e meio se for de ônibus e metrô. A passagem de ônibus é 2,30]. Peguei o metrô até a estação da Saúde, mas não me pergunte onde fica.

Lá, descobri onde pegava o ônibus para São Bernardo do Campo, onde fica a Metodista. Entrei no ônibus, encostei o cartão na leitora e nada!

O motorista então me diz que a passagem é diferenciada.. R$ 2,80 para 12,1 km. Justo.

Meto a mão nos meus 10 real de segurança [comida ou dinheiro do ladrão, o que aparecer primeiro]. 7,20 me sobram para comprar jornal do ABC para ver os classificados, voltar para Sampa e comer! Impossível. Eu teria que achar uma lotérica para retirar os oito conto que lá ficaram.

Na Metodista, faço minha matrícula, que fica só por 425!!! Ótimo, 50 reais inesperados! Eu estava salvo!!! My great luck strikes again!

“Teresina é com S e não com Z”, digo pra moça do cadastro. “É...? Ta, eu corrijo no sistema”. “Do Piauí, você?”. “É, nascido e formado lá”.

Resolvo tudo e fico feliz, uma alegria fudida me toma, me engole. “PUTAQUEPARIU! Eu vou fazer especialização em Jornalismo Cultural!!!”

Aviso a todos, compro jornal, pego ônibus, chego em Sampa [não se percebe a mudança de uma cidade para a outra...], almoço num botequim, chego na Abril, trabalho, casa. Feliz.

Sexta vem como dia de glória. Centenário de Victor Civita, fundador da Abril, meus cartões dos bancos chegam, salvo meu bonsai da morte. À noite, escrevo, penso, vejo, escuto e vou dormir perto da meia noite.

No meio do sono, sonho com um show do Caetano Veloso. Acaba o show, vou para o metrô e um segundo antes das portas fecharem entra um cara esbaforido. Era o Caê. “E aí, chateado com o show?”, perguntei.

A resposta eu não lembro. Só sei que do metrô eu sabia que estávamos no cruzamento da Ipiranga com a São João.

Aos poucos [de um dia para o outro], essa cidade vai se tornando a segunda melhor da América do Sul.

Pedro Jansen
09-10.02.07

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

 
1° carta

Lá fora eu escuto a tosse dos carros e o ronco das pessoas [ou seria o contrário?], mas não escuto o som bom da chuva.

Menos mal, eu penso rápido, esquecendo como a chuva e as noites de chuva me são caras.

O problema é que aqui o céu não fica vermelho. É só um cinza sem fim e depois um negrume natural da noite, até o dia amanhecer fresco, ameno e surpreendentemente claro. Até o azul do céu é possível ver, e nuvens brancas também.

E essa foi a coisa que mais me fascinou: essa cidade ainda respira. Mesmo que o rodízio de carros tenha voltado.

Bom mesmo é saber que o mundo vai realmente acabar por culpa do homem e que quando eu estranhava as confusões climáticas ainda na escola, nos idos de 98, não era apenas uma coincidência qualquer. Era o início do fim.

Melhor ainda é começar a perceber que a pergunta “qual é a boa de hoje?” faz cada vez menos sentido. Não se tem dinheiro, não se tem pique, não se tem amigos.

Acho que agora é chegado o tempo de acordar na segunda-feira sem prensar no que será o sábado. Acordo todo dia pensando em milhões de assuntos, para resolver e eu sei que isso, querendo ou não, é amadurecer de alguma forma.

E eu nem ligo tanto. Mal necessário, eu me afirmo até acreditar. Assim como a crença vã de que ladrões dormem do mesmo jeito que os cidadãos de respeito. E também não assaltam na chuva.

Tranquilizador.

Musicalmente, duas coisas andam acontecendo. Uma é que minha grana para comprar pilha para o pen drive acabou. Ou seja, estou sujeito ao total silêncio na hora de dormir. E ai eu penso. Baturité, Parnaíba, Jericoacoara, Salvador, Parnaíba... 2006 foi um ano de viagens, um ano de abraços, de risos, de abraços.

E 2007, por risco escolhido por mim, será um ano de virtualidade, pouca entrega e quase nenhum abraço... Vai ser um ano de muito mais “cordialmente” ao fim dos e-mails do que “abraços carinhosos” ou “te amo”. Claro que esses vão existir em grande quantidade. Mas o primeiro tipo será a virtualidade palpável. A pessoa ao seu lado não te inspira outra coisa a não ser um “cordialmente”.

E a outra coisa que aconteceu musicalmente para mim foi/é que os calos dos meus dedos, de tocar contrabaixo, estão sumindo, fading away... Triste constatação, que dá sinais de muitas outras coisas que não só a falta de um baixo para praticar.

Significa o sacrifício de vender meu baixo e meu amplificador, de saber que eles não me seriam necessários por um bom tempo. Tudo isso dói demais. E a prova disso são meus calos indo embora.

Mas como diz o monge budista... “se tiveres de escolher um caminho entre dois, não pensa no caminho que não escolheu.

Agora lá fora eu já escuto buzinas, tosses mais altas e outras vozes. Não fosse pelo telefonema de minha mãe, eu talvez não dissesse nada até mais tarde, quando chegasse na Abril.

Por que aqui, mais que tudo e todos, o silêncio é sua maior companhia.

09.02.07

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

 
Tô matrículado na Metodista, porra!

Eu vou fazer especialização em Jornalismo Cultural. ARRASEI!, hã? :D

 
Conquistas

Primeiro, São Paulo...

Depois, o MUNDO! :D

 
PFL vira PD

Parece piada... hahahahahahaha

Você sabe a diferença do Partido Democrata pro Republicano nos USA?

Vamos ao Wikipedia...

*O Partido Democrata é uma das principais forças políticas dos Estados Unidos da América. Foi fundado em 1836 pelo ex-presidente americano Andrew Jackson de um cisma do Democrata-Republicano que foi fundado por Thomas Jefferson em 1793. Durante o século XIX foi um partido de ideologia conservadora como a expansão da escravidão nos Estado Unidos. Mas, no século XX houve uma reviravolta ideológica para esquerda-liberal.

*O Partido Republicano dos Estados Unidos da América, coloquialmente conhecido por lá como GOP (Grand Old Party), é um dos dois maiores partidos políticos nos EUA. O atual Presidente dos EUA, George W. Bush, é membro do partido. O Partido Republicano é considerado o mais conservador dos dois maiores partidos.

Bizarro pensar como as coisas podem ser distorcidas no Brasil[?]... :)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

 
É uma esculhambação

[ABRE ASPAS] Dona da voz e dos shows???

O ano fonográfico começa sob o signo do envolvimento das gravadoras no esquema empresarial dos artistas que abrigam sob seus cada vez mais frágeis tetos. É tendência irreversível anunciada há algum tempo, já posta em prática por algumas companhias independentes e que, em 2007, deverá começar a ser concretizada também entre as majors. Em bom português, como o mercado de vendas de CDs e DVDs vem encolhendo progressivamente (a queda foi de 25,5% em 2006), as gravadoras vão querer uma fatia do bolo arrecadado com o sempre aquecido comércio de shows.

O argumento é que, se investem nos artistas, com despesas que incluem as chamadas "verbas de marketing", as companhias teriam legítimo direito a uma parte da receita obtida com shows feitos a partir desta promoção. Ora, a questão é bem discutível. Primeiro, porque as multinacionais sempre ficaram com a parte do leão nas vendas de discos e com as próprias obras em si. Enquanto o mercado ia bem, ninguém questionou a (in)justiça dessa divisão que somente visava o interesse das companhias em detrimento do artista, o criador dos discos. Por que mudar as regras do jogo agora? Segundo, porque nem sempre o investimento alardeado pela gravadora surte real efeito.

Caso exemplar é o do grupo Roupa Nova, que, enquanto estava na Universal Music, gravou discos que nunca receberam investimento condizente com a popularidade do sexteto. Bastou o grupo sair da major e abrir seu próprio selo para que suas vendas voltassem a ficar gordas como na década de 80. Seria justo a gravadora lucrar com shows de artistas pelos quais, a rigor, fazem bem menos do que alardeiam? Cabe aos artistas se organizarem para não deixar que o anunciado domínio se estabeleça. [FECHA ASPAS]

Extraído do blog do Mauro Ferreira

É mole ou quer mais?!

 
Das pequenas coisas que agora saem do meu bolso


Papel Higiênico -------- 5,39
Saco de Lixo ----------- 2,05
Escova para sanitário -- 4,34
Prendedor de Roupa -- 4x 1,19
Biscoito Água-e-Sal ---- 1,99
Detergente em Pó ------- 3,99
Achocolatado em Pó ----- 2,89
Leite em Pó ------------ 4,59
______________________________
Total ----------------- 30,00

E é só o começo... :D

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

 
'I´m a grey ghost too'

Não há combinação pior no fim de uma noite [logo vou dormir] do que uma ligação do seu pai com a cena do trato na loja da Ferrari, em Perfume de Mulher.

Não há.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

 
Caem as máscaras

Dentre as coisas que eu acho toscas está a rinite alérgica. Mesmo assim fui para a balada [é preciso escutar um paulistano falando balada para entender porque eu acho tão ...]. Mas ir para a balada, ou estar na balada não me incomoda. Só é um dos vários costumes que eu não quero internalizar.

E eu, esponja que sou, absorvo algumas coisas. Outras não. E no sábado foi dia do povo conhecer Mangueira.

Sinceramente, acho que perdi um futuro amigo na festa, o potiguar Renan, que ainda deve estar ressacado... :P


cachaça, carai!


Mas muita gente experimentou achando forte, e ele achou suave, como o Jansen do RJ [lembra do Seminário em Jampa, Chico?]. O problema foi ele perder a tampa do celular e achar que assim tinha que tomar a garrafinha toda. :P

Before i go... aviso importante: show do Ludovic dia 10/02 em algum lugar aqui perto que dá pra ir de metrô. e depois de ir e voltar da festa do Curso Abril nesse meio de transporte maravilhoso, é fichinha.

 
Paus, Copas, Ouros e Espadas

Eu não sei para onde eles foram, mas os ases do meu baralho de possibilidades de fuga dentro do que eu penso e do que eu sinto simplesmente sumiram.

Não há nem um motivo em especial. Só há uma certa dormência. Ou uma falta de saco. Não há abertura para que as coisas que eu queria imaginar, as histórias que eu não sei como externar e que eles quatro me facilitavam o caminho.

Assim, eu fico sozinho. Obrigado, Friedrich Wilhelm Nietzsche.

 
Água de piscina

Um dia você vai chegar, mochila nas costas e depois de um abraço e um cigarro, eu vou te mostrar todas as coisas que aqui tem pra ver. Você não vai estar sozinho e a cada passo, cada lugar, paragem, esquina e canto, vento e chegada, e partida e descida e subida de metrô, a saudade vai esvair, cair, quebrar, sumir.

 
Vila Isabel

Eu sou uma pessoa assim quase zero samba. Gosto, admiro, aprecio o violão, a batida, o ritmo. Não gosto nada de carnaval, fato que o meu, do ano passado, foi no trance.

Mas hoje, vendo a matéria do Fantástico da relação dos grandes sambistas e suas escolas, escutando o Martinho da Vila cantar sambas antigos... foi como se um oráculo falasse... Nada demais... não vou agora comprar todo vinil de samba que eu encontrar... o que acontece é esse oráculo veio pra me dizer que dane-se o samba enredo [coisa chata da porra...], mas viva o samba na sua expressão da tristeza travestida de alegria do malandro.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

 
95% e contando...

Dia cheio ontem, saindo da Abril por volta das 20h30 e chegando em casa lá pelas 22h20...

Corrido dia, com mais de 10 xícaras de café. Deu até tremedeira. Não diga que eu estou exagerando. Foram bem mais xícaras do que isso. Se não for a nicotina, a cafeína vai me matar.

O bom mesmo foi ter descoberto a sala de fumantes do 9º andar da Abril.

“Fumar é uma escolha pessoal e individual. Por isso, essa sala foi feita blá blá blá”... e a parte do blá blá blá que eu esqueci é muito legal. Fala de dar espaço para todos, sem invadir o outro e tudo o mais.

Todos esses aditivos químicos foram importantes para chegar à maravilhosa marca de 95% e contando da lista de uma coisa que a gente está fazendo na VIP e que vocês só vão saber nas bancas... [se eu não tiver contado pra ninguém antes... :P]

No meio de tudo isso, ainda ter tempo de pensar pautas, pensar em outras pautas, pensar no caminho de volta, na chuva, café, mais café, a Cuca falando atrás de mim, o pessoal pensando infográficos FUDEROSOS, as matérias nascendo, críticas chegando, ensaio sendo combinados...

É isso... trabalhar na VIP é muuuuuito mais divertido do que eu poderia um dia sonhar. Bom mesmo.

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