a funky experience

i want to
i want to be someone else or i'll explode
floating upon the surface for
the birds, the birds, the birds

quarta-feira, 30 de abril de 2008

 
The Graduate

"Não sei se eu estou pirando
Ou se as coisas estão melhorando
Não sei se eu vou ter algum dinheiro
Ou se eu só vou cantar no chuveiro"

[rita lee - mamãe natureza]

E como a dúvida é boa...

 
Meio termo

"Não quero ser triste como o poeta que envelhece lendo Maiakóvski na loja de conveniência...

Não quero ser alegre como o cão que sai a passear com o seu dono alegre sob o sol de domingo..."

[Zeca Baleiro]

terça-feira, 29 de abril de 2008

 
Pequenas verdades

"Há vozes que merecem ser ouvidas desesperadamente por três dias seguidos."

Nem sempre se descobre isso do melhor jeito. Descobrir, no entanto, é fundamental.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

 
Could you keep a secret?



"Let it die and get out of my mind"

quinta-feira, 24 de abril de 2008

 
Time for meaningless words

"Half of what I say is meaningless; but I say it so that the other half may reach you"

Eu sei...

 
Denial isn't the best way





I don't wanna be your friend
I just wanna be your lover
No matter how it ends
No matter how it starts

Forget about your house of cards

 
I Kept Missing Your Train



Is home where your heart is?



 
Accidents waiting to happen





 
Verdade

Por mais que se negue, o bom é que é tudo cíclico. São ciclos. E só.


 
I Will

"Meet the real world coming out of your shell"

 
Is this the ear you can't hear on?





"Thank you for the good times"
Before the good times fly away

 
Convite

I'll be back tomorrow that is if you're here
and you promise to keep it between you and me

quarta-feira, 23 de abril de 2008

 
Sincerest of eyes?





"The evening was long, my guesses were true
You saw me see you
That something you said, the timing was right
The pleasure was mine"

 
After the sunrise





"I just wanted another night"

 
É cedo da manhã

Bastava apenas um café, nada de frutas ou pão...

"Basta um café, honey..."

E o dia já começava bem.

terça-feira, 22 de abril de 2008

 
I like to remember it like that





i came here for a good time and you're telling me to leave
but you don't have to say it again, I heard you the first time

[the walkmen - what's in it for me]


 
Joni Mitchell said

"All romantics meet the same fate someday: cynical and drunk and boring someone, in some café"

 
Nas estampas e no tecido fino

Se inventor fosse, minha opus magnum seria um sabão em pó que fixasse nas roupas o cheiro das boas noites de sono para sempre.



 
Trocando em miúdos

"Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu"

domingo, 13 de abril de 2008

 
Verso inevitável

"quando eu espero
e você diz 'hoje não vou, não posso'
é como se você me oferecesse,
venenosa,
uma corda e lançasse,
sabida, a pergunta
'no tornozelo ou no pescoço?'"

quarta-feira, 9 de abril de 2008

 
Espelho-fenda-espaço-tempo

Reler José Lins do Rego é como acariciar uma criança que continua existindo somente dentro de mim. Os cabelos curtos, bem castanhos, retos a mando do pai, a pele branca e lisa, os joelhos esfolados, as mãos grossas e as unhas sujas.

Reler Zé Lins é como ter de novo o livro de capa dura e folhas finas de seda com a obra completa, última herança literária da juventude da mãe, capa perdida no tempo, lombada bem legível: "José Lins do Rego - Obra Completa".

Reler Fogo Morto, com todas as suas características sociais, do sofrer do homem, da rudeza dos espíritos, do consumo da alma pelo silêncio, é lembrar da criança que lia Menino de Engenho, Doidinho, Bangüê, O Moleque Ricardo e Usina e se encantava com todas aquelas histórias de fazenda, que lembravam tanto o sítio do avô, as fugas proibidas para o rio, o pé no chão, as canas para chupar e o futebol com os meninos do caseiro.




Reler José Lins do Rego é como beijar a testa da criança deitada na cama que lê atenta aquelas histórias de um tempo que já não mais existe e acender a luz do quarto para que o menino possa ler em paz.

terça-feira, 8 de abril de 2008

 
Não são cinco ou dez

Não são dois ou quatro. Nem 7, 14, 21...

Não são andares, nem passos nem contagens perdidas, daqui de cima eu vejo quase nada. Assim, deixe-me explicar, você não é daqui.




Daqui de cima eu vejo, posso ver tudo, estando sozinho, mas estou na contramão. É como se eu não pudesse controlar nada.

Eu não vejo nada, na verdade.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

 
"07h15 eu acordo e começo a me lembrar"

A coisa é séria e consome todo o seu corpo, suga suas energias.

Primeiro você não dorme, o estômago revira e tudo que você deseja é algo que provoque um desmaio rápido, indolor e sem efeitos colaterais [também conhecido como "sono dos justos"]. Depois, você deseja sonhar com pradarias, mansões, com a Catherine Zeta-Jones vestindo um moletom seu.

Quando as primeiras alucinações passam e você pisca e só acorda 5h30 depois, já com a insistente música do despertador provocando arrepios de dor, um bom começo é abrir os olhos e uma dor de cabeça lancinante ser a primeira sensação do dia. Não daquelas de ficar só incomodado, mas daquelas dores de cabeça que não dão nem espaço pra dúvida de antes de qualquer coisa tomar um remédio [ou dois ou até três], mesmo com o estômago vazio.

Você acorda de verdade, e vai logo para o banho, o dia promete ser frio e você imagina onde estará aquele blusão que combina com a única camisa limpa e decente que você tem. A água quente alivia a dor de cabeça, você se arruma, dorme no carro do amigo que te dá carona, e o dia começa a esquentar, então você tira o casaco, o cachecol e fica só com o blusão [e a camisa], que será devidamente eliminado da vestimenta assim que você chega ao trabalho.

A primeira caneca de café do dia é bem cheia e acompanha pedaços de um bolo que lembra laranja, feito por uma colega de trabalho. Dois pedaços, além de morto de fome, você não tomou café, então lá vem a segunda caneca de café, já são quase 500ml de cafeína circulando no seu parco sangue.

Você não sente fome e intercala goladas de café com água gelada, pretexto ideal para ir ao banheiro seguidas vezes, lavar o rosto, sacar o charme das olheiras e, claro, pensar em como ser patologicamente ansioso lhe confere um ar nerd e masoquista. Ou nerd e suicida. Ou nerd e F5 addicted.

E você, ateu convicto, passa a rezar mentalmente para que seu celular toque. Ou chegue um e-mail

Mas claro, deus existe e é sacana. O telefone não toca, o e-mail não chega e você testa a espessura da parede do seu estômago com mais uma caneca de café.

Segundas-feiras não poderiam ser mais deliciosas.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

 
"Olá, como vai?"

Não vou falar como o Paulinho e, dizer que vou indo, e você?, ou contar pequenas mentiras que não significam nada. Não vou falar nada, inclusive.

Sabe momentos em que você contempla cenas do passado, coisas que você faz, incorporadas a você, tatuagens no seu subconsciente, definindo o seu novo eu?

Então, eu sei disso. Nos detalhes, sempre neles. O olho puxado, a bochecha rosada demais no exagero de maquiagem, o cabelo longo, depois dos ombros, a voz infantil proposital, o abraço bom, o hálito quente... Essas coisas todas que a gente entra em contato e nem o corpo nem o olho esquecem.




Na baixa confidência do físico [quase um arremedo de Gregório de Matos], você se sente pequeno diante do fato do desejo completo e irracional de outro contato, outro toque, outro passeio. Mas se tomamos decisões nessa vida e as seguimos é por que há a necessidade da fibra moral ser testada.

Eu gosto de testes. E gosto de longos caminhos. De paisagens. E de cigarros. E de piadas sem graça. De dirigir. De capuccino. De Manuel Bandeira. E de frio. E de hálito quente.

Um tempo atrás eu não gostava de ir para casa. Era complicado passar por certos lugares, era como se todos os dias eu fosse testado do jeito errado. Aquelas luzes todas, tão convidativas, tão sedutoras, tão altas, pedindo um salto qualquer no infinito que liberta o corpo para ser mente apenas. Eu piscava mais rápido, várias vezes mais rápido, e os passos largos desejando que aquela provação passasse. E passava. Assim como naquele dia, quando você me pediu e eu disse não. Era ruim e bom e fazia bem e mal. Mas passou.

Eu acho isso tudo tão legal. Cifras são modos interessantes de instigar as pessoas a pensarem as coisas erradas. Ironia é um jeito delicioso de fazer a outra pessoa se sentir pior que você, sem precisar ser desagradável. Azul às vezes é uma cor, quase sempre é uma tristeza que embrulha o estômago. Paz é uma coisa que eu não sei o que significa. Mas há quem diga que existe. Eu não duvido.

Eu não duvido de nada.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

 
Caffeine addiction

A coisa funciona assim: você assiste blockbusters e os copos gigantes de café estão lá, você é viciado em Friends e o café está lá, você dorme pouco, fuma, precisa ficar acordado, e lá vai você encher a tromba de cafeína.

Eu mesmo, que não era fã da bicha [sempre fui mais afeito à nicotina], me tornei aqui nessa braseela que é Sampa. Tudo é longe, trabalhar por mais de 10h, fazer pós-graduação à noite, virar fins de semana inteiros... essas e outras coisas pedem um tuiiiiin extra. Não basta tomar uma coca, um cafezinho. Logo você já quer uma caneca cheia de café puro e forte, só com um pouco de açúcar.

Não digo que essa relação seja completamente nova pra mim. Tomava meus capuccinos em Teresina, mas obviamente não é a mesma coisa. Como bom morador do inferno, curtia mais coisas geladas and stuff. Agora que estou na Terra da Garoa, cair de boca saborear um bom café a qualquer hora do dia parece o paraíso. Ainda mais se você consegue encontrar o café que combina exatamente com o seu paladar.

E é nessa que a dica de hoje [não que ela vá servir pra muita coisa, já que a ação ainda não chegou ao Brasil, mas pelo menos você se diverte com o site, os testes e os grafismos] entra.

A Starbucks [que faz aquele café nos copos gigantes, meio aguados e com cafeína pra deixar qualquer um ligado dias e dias] desenvolveu uma ação para divulgar seus infinitos tipos de café. Lá você pode conhecer as propriedades de cada tipo, dar uma sacada numas ilustrações dos baristas da casa e responder a um mini teste para chegar ao seu café ideal. Delicioso graficamente. Agora quero ter dinheiro de novo pra tomar meu Caffé Verona, venti, com leite de soja e canela, por favor.


Meu café ideal foi Caffé Verona




ps. vi isso no Brainstorm #9, fui lá conferir e achei bem bom.

 
Sorte de hoje: só prometa o que pode cumprir

Mal sabe o Orkut, mas tem sido assim tem um tempo já.

Costuma ser o modo mais efetivo, seguro e plausível de se tocar uma vida.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

 
I'm only sleeping?

Eu não faço a mínima idéia da roupa que ela vestia. Era algo leve, isso eu bem sei, talvez um pequeno short, desses tão em moda até outro dia. Descalça, a mesma pele morena de muitos anos antes, o cabelo amarrado dum jeito diferente, mas bonito. O rosto delicado encoberto de leve pelo sol nas costas, era pôr-do-sol.

Passei por ela numa caminhada mais rápida que o ritmo que ela impunha sozinha, ela caminhava sozinha. Quando passei por ela, ela chamou meu nome. "Pedro?"

Voltei a cabeça e reconheci a mocinha irmã da outra mocinha dos tempos de escola, aquela que tinha me rendido uma árdua prova à minha retórica. Tanta conversa originou um primeiro beijo tímido e logo depois investidas mais afoitas. E nisso ficou.

Então eu a reencontrava num sonho, na praia, num pôr-do-sol, ela andando sozinha, de short e descalça, cabelo amarrado e talvez uma bata branca, eu igualmente descalço, chinelos na mão, cabelo desgrenhado pelo vento, alto pelo sal, seco pelo sol, barba rala por fazer. Ela chama meu nome, "Pedro?", eu me viro e ela abre um sorriso, e como estamos mesmo num sonho, diz assim, sem os pequenos formalismos do elogio forçado, "você está bonito"...

Agradeci e disse um sincero "você também", já interessado pela possibilidade de um revival tão improvável e causador de tanta curiosidade. Diminui a marcha e voltei o corpo para falar com ela, parecia então que tinha 15 anos novamente, mas sem as fraquezas de espírito que me acometiam naquela idade. Depois de algumas conversas bobas e esquecidas, perguntei se ela estava namorando.

"Ainda não, vou responder hoje à noite".

E então encaixei outra pergunta, ignorando o compromisso dela marcado para quando o sol estiver descansando. "Quer sair comigo?". Assim, sem qualquer sugestão de roteiro, apenas a coluna ereta, o peito aberto, os ombros alargados para mostrar confiança e a voz um tom abaixo do normal, para passar firmeza e determinação.

E do resto eu não lembro.

 
Às 07h o telefone toca

É você do outro lado, rindo como se fosse jovem de novo, preocupada com as estações de ano que nos separam, se já não fossem os 1.800 km. Enquanto aqui é outono, aí é o inverno torto, que chove e tudo alaga, e eu minto, minto com convicção e voz tremida de quem acabou de acordar.

Você fala dele, o negro amado quase da minha altura e quase da minha idade e todo dentro do meu peito que está bem, fala das vias alagadas, das coisas que eu já não sei mais, é uma coisa que naturalmente acontece, eu até poderia falar tudo, mas é principalmente quando eu calo que eu sinto uma força diferente se materializando dentro do meu estômago. O aperto se dissipa com o copo de água gelada religiosamente tomando todos os dias pela manhã. Água gelada sempre me fez pensar melhor.

Você pergunta então sobre os projetos que já não fazem mais parte da pauta do meu dia, eu lembro que acordei às 05h30, antes de tudo tocar, despertadores ou preocupações, e essas segundas quase me deixam acordado. A agonia da prova de matemática no dia seguinte nunca me fez perder o sono, quem diria um desarranjo qualquer. Só que a sua voz, naturalmente aguda, me faz enternecer dentro de mim mesmo. Derreto por dentro na negação do seu desejo mais puro e menos útil, mas ainda assim nunca não-válido. Quem sabe quando você entrar? Não, não precisa, é uma coisa desnecessária. Por que você não gosta ou por que você não quer? Porque eu não quero. Então eu faço questão. Quem sabe quando você entrar? Então você faz uma referência à espessura e ao grau que assim terei. Eu rio e concordo.

E eu penso que foi ele quem me passou toda essa teimosia e gana pela verdade levar meu nome, mas na verdade veio tudo de você. E quando, três minutos e alguns segundos depois, você desliga, tomo mais um gole de água gelada, coço os olhos na intenção de esconder o que o soluço não permite e sigo para o banho que rotina mais um dia.

 
Eu blogo tu blogas ELA bloga?

Posso contar nos dedos da mão do Lula que só tem quatro dedos quantas vezes essa criatura entrou no MSN e passou mais de cinco minutos por ali, de papo pro ar. Virou até motivo de piada interna: "vou saindo aqui senão o povo vai pensar que eu estou me tornando sociável".


em tempo: morram de inveja da heineken de 600ml!!!


Ela é autora das tiradas mais irônicas, rendendo até uma rápida constatação do nosso amigo Rafael Campos sobre os comentários dela, nos tempos em que a tchurma abraçava o Fotolog e chamava de meu amor: "A Luana passa a noite todinha pensando no que ela vai comentar nos fotologs do povo no dia seguinte", originando a velha desculpa de ir embora cedo pra casa e sair daquela vibe de integração e folia que o azedume charmoso dela não curtiam muito [mentira!]: "minha gente, eu vou pra casa, sabe como é, tenho que pensar nos comentários das fotos do povo de amanhã".

Ela mesma possuiu um fotolog e, vejam só, expunha uma verve Harold Bloom finérrima, com comentários super interessantes sobre literatura. O projeto foi placidamente abandonado depois de um tempo, claro.

Orkut talvez fosse a ferramenta que ela mais usasse, naquela troca de scraps febris contando a baixaria da noite passada, falando mal veladamente dos nossos desafetinhos e mandando aquele abraço de saudade.

Quando no último domingo eu encontrei com ela aqui em Sampa, enquanto ela esperava o horário da conexão pra Londres, Luana inclusive já falava da angústia de ter que se render à tecnologia para se comunicar, mais especificamente ao MSN.

Qual não foi a minha mais empolgante surpresa ao abrir meu scrapbook hoje pela manhã e dar de cara com uma mensagem dela com o link para o Incenso Fosse Música... Um blog, Luana Maria!?

De repente, não só MSN, Orkut, mas também um blog. A ironia, a inteligência e o quê de baixa que compete aos membros do BFC estão lá. Mal posso esperar pelos próximos posts.



UPDATE

Minha memória realmente tem me traído. Como bem me lembraram Juba e Clarissa nos comentários, Luana Maria Medeiros realmente já teve um blog, nos mais perdidos tempos em que o Uol ainda bombava como servidor de diarinhos virtuais. O endereço fica perdido, mas me lembro das resmungações apetitosas que ela jogava por lá, inclusive desabafos sobre o assédio que o Rei Negão recebia à época... [isso se eu não tiver confundido tudo de novo... :P]

 
Em verdade, em verdade vos digo


deus chama a gente pra um momento novo

clique na imagem acima para ler a tirinha inteira



A arte que sempre supre a minha vontade de ser escroto logo cedo da manhã.

Arquivos

janeiro 2007   fevereiro 2007   março 2007   abril 2007   maio 2007   junho 2007   julho 2007   setembro 2007   outubro 2007   novembro 2007   dezembro 2007   janeiro 2008   fevereiro 2008   março 2008   abril 2008   maio 2008   junho 2008   julho 2008   agosto 2008   setembro 2008  

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Assinar Postagens [Atom]