"what subject?
não tem.
não tem assim um assunto, uma coisa pra escrever. só tava mesmo sentindo falta de falar contigo, de contar das coisas do dia-a-dia daqui, do que não faz mais parte do meu dia-a-dia, das coisas que eu quero fazer, das saudades que eu tenho.
e esse ano de 2008, que eu comecei aqui e 'sendo' daqui, me faz pensar muito em como eu estava me sentindo exatamente um ano atrás. o que era supresa agora já é hábito, eu reconheço os caminhos, eu até dirigo sozinho...
eu tenho mesmo é saudade de ficar assim sem fazer nada e fazendo tudo, papo de horas sem dizer coisa nenhuma, morgando o fim do domingo assistindo o último filme desconhecido que tu baixou. sentando no sofá da sala, violão no colo, um dedilhado qualquer.
eu conheci duas meninas tem umas duas semanas, e elas são amigas desde o colégio. são 10 anos de amizade, de dormir uma na casa da outra, escutarem discos, viajarem, essas coisas. e eu vejo nelas duas não um arremedo ou uma referência, mas uma proximidade ao que eu sinto em relação a você mesmo estando tão distante fisico-mentalmente. em saber que eu ainda sei tudo de ti mesmo não tendo notícias tuas há dois meses. eu simplesmente sei quem é você [e como diz o Dr. House MD: 'nobody changes'] e sei que ainda tenho em ti abrigo pras minhas besteiras, pras cervejas, pras conversas sobre tudo.
é bom, muito bom, saber de você um amigo. reformulo a frase: é bom, muito bom, saber de você um irmão. 'soulmates never die', já disse o Placebo, e todos os dias quando eu penso em você com tanto carinho, sei mais ainda da verdade dessa frase. e não há nada que eu não me sinta confortável em contar pra você, e acho que só estar na minha casa me deixa mais seguro do que isso.
provavelmente eu não vá ter resposta desse e-mail, eu nem ligo, por que sei que você é assim, e que é assim que você sabe ser. eu nem ligo por que eu sei que provavelmente tu vai responder esse e-mail na tua cabeça com um 'eu também'.
te cuida. te amo. saudades."