Vai ver...
Sentou no chão e pensou, "seria eu o responsável?".
Vai ver que a confusão fui eu quem fez, fui eu... Vai ver, vai saber.
É engraçado, como tudo tudo converte, como tudo implica, junta, mira. Tudo se vira.
Só o Match Point salva. "I'd rather be lucky than good". Embora sorte seja coisa dos fracos, Wilton tinha razão. Nada nada é só carcar Scarletts por aí, mafriend, o buraco é mais embaixo.
Olhai os lírios do campo, disse o Érico, em idos tempos tão distantes. E as várias histórias [sempre deixando claro que a memória é uma participante expressiva e extremamente falha do que se registra como verdade] se ligando e ligando se umas às outras.
Se não fosse por todo esse turbilhão de nadas, estocados e amalgamados, o que seria do cara sentado na calçada, tomando uma cerveja e fumando um cigarro? Não seria nada, cara, ele teria a paz dele, num momento sequer.
Não vamos acreditar em contos de fada, faz favor. Todo mundo diz que já encheu o saco, e que tudo é terra sem lei. Cada um cuida do que é seu, velho, se liga se não vem um e toma. Veja, já roubaram o cigarro do cara, passaram por cima das minhas vírgulas, jogaram a cerveja do sujeito fora, esqueceram lá longe o predicado.
Vai ver que eu que fiz a confusão, que confundi tudo, que disse que enfim era o fim e agora é que pago por tudo. A jarra de cristal da minha avó não foi derrubada por mim? Foi, cara. E assim é com tudo que pára nas minhas mãos. A história das pessoas, as jarras de cristal, as lembranças. Tudo que for frágil, que fique longe dele. "Oh, você viu? é possível acreditar? não!".
Pois então, caran. Acho que é isso mesmo. Cada um colhe o que planta, mas se vacilar vem outro e leva de você. Até você mesmo. Um auto-boicote cera!
Alguém tá afim de um chopp?